quinta-feira, 29 de abril de 2010

Virtualização de Desktops VMware View 4 e Xen Desktop 4, inovação e adaptação sempre

Virtualização, palavra que está ficando comum em ambientes de TI e para empresas que são clientes desta tecnologia, porém normalmente quando pensamos nesses ambientes virtualizados pensamos em servidores virtuais provendo serviços dos mais variados, desde servidores de aplicações web, multimidia a banco de dados, mas existe um cenário alternativo ao qual ainda não estamos acostumados, é quando a virtualização vem para cima da nossa mesa, para o nosso desktop, todo o processamento concentrado centralizadamente nunca foi novidade, inclusive faz parte das raízes das origens da Tecnologia da Informação, já presente nos terminais burros, sucedidos por ambientes com sistemas operacionais distribuídos, com arquitetura cliente e servidor, depois novamente a tendência dos sistemas centralizados, com thin clients acessando serviços de terminal, desta vez gráficos, agora vemos mais um passo desta nova velha tendência, os terminais gráficos aliados aos conceitos de virtualização, com melhor aproveitamento de recursos de hardware, energia, disponibilidade, acessibilidade, processamento e armazenamento em nuvem. 
Virtualização de desktops, termo chamado de VDI (Virtual Desktop Infrastructure) pela VMware com a solução chamada VMware View 4, a Citrix também tem a sua tecnologia chamada Xen Desktop 4.

A solução consiste em oferecer ao usuário que se conecta ao serviço uma view de uma imagem de sistema operacional, de modo que cada usuário terá a sua view e não uma cópia de sistema somente para ele, economizando todo o espaço gasto para esta cópia que seria repetida para cada desktop instalado na empresa, reduzindo tempo e custos com gerenciamento de atualizações, aplicativos, antivirus e tudo mais que precisa ser gerenciado em cada desktop, somado ao aproveitamento de recursos que a virtualização oferece, distribuindo ambientes de desktop como serviço, seguindo a tendência, ou moda que na minha opinião não será passageira,  do "Everything as a Service", junto com facilidades, como a fácil adaptação de resolução de vídeo conforme o monitor ou monitores usados para acessar o desktop virtual.
Abaixo um vídeo demonstratrativo da VMware sobre o VMware View 4:


Adaptação, é a palavra que deve ser uma constante na mente dos profissionais de TI, quem quiser ser um bom profissional e crescer na área deve ter noção de quanto dinâmica ela é e deve se adaptar as suas novas realidades, instalar windows, programas de escritório e até mesmo configurar pequenas redes e acesso a internet já não são mais tarefas exclusivas de profissionais especializados e isto é um bom sinal, sinal de que a informática e a informação estão mais acessíveis e o que temos pela frente a ser feito realmente são coisas mais completas, soluções muito mais complexas e que tem por objetivo o resultado, talvez esse seja o desafio e o motivo do suceso dos ambientes virtualizados.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Efeito Hawthorne


Hoje muitas empresas, privadas ou não, repetem intuitivamente o que é visto na administração por décadas, o Taylorismo impregnado dos princípios que parecem naturais, mas não são, foram criados por Frederick  Winslow Taylor. A figura do melhor profissional que de repente é colocado na posição do líder de pessoas, os então chamados por Taylor de supervisores, coordenadores, gerentes, diretores e até presidentes.Nas empresas de TI não é dferente, vemos sim excelentes técnicos e grandes analistas se tornando gerentes, coordenadores, supervisores, porém, continuam sendo técnicos e analistas, que por formação gerenciam tecnologia, por experiência comandam máquinas, por seu raciocínio lógico geram algoritmos e instruções que não funcionam para a plataforma humana. Liderança não é feita de 0´s e 1´s, colocação muito boa que já ouvi de um grande amigo.Gerentes continuam gerenciando máquinas, recursos, tecnologia, pessoas não são gerenciadas, pessoas são lideradas. Abaixo um trecho de um dos livros mais famosos de James C. Hunter, sobre liderança chamado "O Monge e o Executivo" onde um sargento do exército, chamado Greg, indaga de maneira provocativa John, o executivo, a respeito do efeito Hawthorne e Simeão, o monge, dá mais um ensinamento relacionado ao fato.Vale a pena ler o livro
 ... E o que é o efeito Hawthorne, Johnny, velho companheiro? - o sargento me provocou.
— Se eu me lembro bem, Greg, há muitos anos um pesquisador de Harvard, chamado Mayo, queria demonstrar numa fábrica da Western Electric, em Hawthorne, New Jersey, que havia uma relação direta e positiva entre a melhoria das condições de trabalho e sua produtividade. Uma das experiências consistiu simplesmente em aumentar as luzes da fábrica. Constataram que a produtividade dos trabalhadores aumentou. Quando estavam se preparando para continuar a estudar outra faceta do ambiente de trabalho, inadvertidamente os pesquisadores diminuíram as luzes para não misturar as variáveis. Adivinhe o que aconteceu com a produtividade do trabalhador?
— Diminuiu, é claro — respondeu o sargento parecendo chateado.
— Não, Greg, a produtividade dos trabalhadores continuou aumentando! Portanto, o aumento da produtividade não foi causado pelas lâmpadas mais fortes e mais fracas, mas por alguém estar prestando atenção às pessoas. Isso ficou conhecido como o efeito Hawthorne.
— Obrigada por compartilhar isso comigo, John – Simeão agradeceu. - Eu tinha esquecido essa história. Prestar atenção às pessoas foi o que importou. E eu acabei acreditando que, de longe, a maior maneira que temos de prestar atenção às pessoas é ouvindo-as ativamente.
— O que exatamente quer dizer ouvir ativamente, Simeão? – a enfermeira perguntou.
— Muitas pessoas acham erradamente que ouvir é um processo passivo que consiste em ficar em silêncio enquanto outra pessoa fala. Podemos até nos considerar bons ouvintes, mas o que fazemos na maior parte das vezes é ouvir seletivamente, fazendo julgamentos sobre o que está sendo dito e pensando em maneiras de terminar a conversa ou direcioná-la de modo mais prazeroso para nós.
A diretora acrescentou: - Alguém disse certa vez que, se não soubéssemos que a seguir seria nossa vez de falar, ninguém ouviria!
...
James C. Hunter
Livro: O Monge e o Executivo