segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Efeito Hawthorne


Hoje muitas empresas, privadas ou não, repetem intuitivamente o que é visto na administração por décadas, o Taylorismo impregnado dos princípios que parecem naturais, mas não são, foram criados por Frederick  Winslow Taylor. A figura do melhor profissional que de repente é colocado na posição do líder de pessoas, os então chamados por Taylor de supervisores, coordenadores, gerentes, diretores e até presidentes.Nas empresas de TI não é dferente, vemos sim excelentes técnicos e grandes analistas se tornando gerentes, coordenadores, supervisores, porém, continuam sendo técnicos e analistas, que por formação gerenciam tecnologia, por experiência comandam máquinas, por seu raciocínio lógico geram algoritmos e instruções que não funcionam para a plataforma humana. Liderança não é feita de 0´s e 1´s, colocação muito boa que já ouvi de um grande amigo.Gerentes continuam gerenciando máquinas, recursos, tecnologia, pessoas não são gerenciadas, pessoas são lideradas. Abaixo um trecho de um dos livros mais famosos de James C. Hunter, sobre liderança chamado "O Monge e o Executivo" onde um sargento do exército, chamado Greg, indaga de maneira provocativa John, o executivo, a respeito do efeito Hawthorne e Simeão, o monge, dá mais um ensinamento relacionado ao fato.Vale a pena ler o livro
 ... E o que é o efeito Hawthorne, Johnny, velho companheiro? - o sargento me provocou.
— Se eu me lembro bem, Greg, há muitos anos um pesquisador de Harvard, chamado Mayo, queria demonstrar numa fábrica da Western Electric, em Hawthorne, New Jersey, que havia uma relação direta e positiva entre a melhoria das condições de trabalho e sua produtividade. Uma das experiências consistiu simplesmente em aumentar as luzes da fábrica. Constataram que a produtividade dos trabalhadores aumentou. Quando estavam se preparando para continuar a estudar outra faceta do ambiente de trabalho, inadvertidamente os pesquisadores diminuíram as luzes para não misturar as variáveis. Adivinhe o que aconteceu com a produtividade do trabalhador?
— Diminuiu, é claro — respondeu o sargento parecendo chateado.
— Não, Greg, a produtividade dos trabalhadores continuou aumentando! Portanto, o aumento da produtividade não foi causado pelas lâmpadas mais fortes e mais fracas, mas por alguém estar prestando atenção às pessoas. Isso ficou conhecido como o efeito Hawthorne.
— Obrigada por compartilhar isso comigo, John – Simeão agradeceu. - Eu tinha esquecido essa história. Prestar atenção às pessoas foi o que importou. E eu acabei acreditando que, de longe, a maior maneira que temos de prestar atenção às pessoas é ouvindo-as ativamente.
— O que exatamente quer dizer ouvir ativamente, Simeão? – a enfermeira perguntou.
— Muitas pessoas acham erradamente que ouvir é um processo passivo que consiste em ficar em silêncio enquanto outra pessoa fala. Podemos até nos considerar bons ouvintes, mas o que fazemos na maior parte das vezes é ouvir seletivamente, fazendo julgamentos sobre o que está sendo dito e pensando em maneiras de terminar a conversa ou direcioná-la de modo mais prazeroso para nós.
A diretora acrescentou: - Alguém disse certa vez que, se não soubéssemos que a seguir seria nossa vez de falar, ninguém ouviria!
...
James C. Hunter
Livro: O Monge e o Executivo

Nenhum comentário: